domingo, 26 de agosto de 2012

E lá vai indo...

Desde que resolvi tentar novamente ter um filho biológico tenho tido altos e baixos.

Hoje é o dia do baixo!

O Dia do Baixo é aquele em que você se sente a pior mulher do mundo. Você tem a certeza de que todas as horrorosas, medíocres e piriguetes são férteis e podem ter filhos apenas com um simples piscar de xoxota!

No Dia do Baixo, todas as grávidas do mundo resolveram sair de casa para passear no mesmo lugar que você - "pobre-infértil-gastandoostubosemtratamentos" resolveu passear.

Daí, no dia do baixo (que agora nem tem mais maiúscula), você tem raiva! Raiva porque no final das contas o tempo está passando tão, tão rápido que você nem sabe se terá tempo.

E, hoje, no meu dia do baixo, eu espero e sei que virá o dia de Amanhã.....

Aquele que promete................ que sopra em meu ouvido sonhos futuros...... e me diz bem baixinho............................................................... um sussurro.......................................................................................................................................................................................................... não se preocupe...................................................................................
O QUE TIVER DE SER; SERÁ!

Vou dormir agora... sonhando e desejando tudo; tudo; TUDO; diferente!



terça-feira, 7 de agosto de 2012

Ah pára.......





Márcia Goldschmidt dizendo que "levou um susto" quando ficou grávida de gêmeas aos 50 anos!!!

Diz ela que fez só uma estimulação hormonal.........

Juro que No creo!!!

Daqui!

sábado, 4 de agosto de 2012

Escrevendo, escutando e esperando: o livro e o luto.


Nome denso para momento triste. Nem sei bem se é um bom nome. Mas assim está o tempo por aqui. Tempo de luto. Não completamente meu. O luto é seu e de sua família.

Foi um domingo longo assim como vinham sendo os anos de doença de seu pai. Domingo de céu azul e coração cinza.

Assim que recebi seu telefonema, corri ao banheiro, prendi os cabelos que não iria lavar e hidratar como sempre faço aos domingos. Entrei no carro com uma taquicardia psicológica, daquelas que a gente tem quando presente que alguma coisa ruim está acontecendo. E fui!

No caminho pensei nas praticidades para a semana seguinte. Apesar de dizer e repetir o tempo todo que sou uma pessoa desorganizada e muitas vezes incapaz de gerir as coisas eu sempre penso em como deixar tudo em ordem. Sim, sim meu amor, você sempre diz essas coisas. E eu sempre fico triste. E eu sempre te digo que fico triste. E dançamos essa dança maluca todos os dias.

E eu, pensando nas praticidades liguei e organizei nossa segunda-feira, desmarcando compromissos, buscando substitutos para nós, pelo menos no trabalho. Os próximos dias seriam de ausência de nós mesmos.

O quarto estava preparado para receber seu pai. Sabíamos que seriam suas últimas horas mas era como se não soubéssemos. Conversávamos os quatro, eu, você, sua mãe e seu irmão. Ficamos ali aguardando, aguardando... Então fui saber o que estava acontecendo. Porque seu pai não saia do CTI para o quarto? E vocês, na esperança de que era só um atraso burocrático e eu, na praticidade fui atrás de informações.
Então, após a notícia de que ele não viria e que nós deveríamos ir até ele começou o domingo do CTI, da despedida do turbilhão da sua dor. Digo sua dor, seu luto porque é tudo seu. É meu somente na parte do quanto te amo.

Foi um domingo longo, de choro, tristeza, fome, despedidas. E quando senti que era a hora, consegui abrir minha alma à escuta e seu pai se foi perto de você e de sua mãe.

As horas seguintes já haviam sido organizadas por mim de alguma maneira. Eu ia resolvendo as pequenas pendências ainda existentes de funerária, local, procedimentos, declarações... E assumi um lugar que de novo nem sei se era meu. Mas naquele momento, ao olhar para vocês, e ver o quanto estavam todos órfãos, completamente sozinhos e juntos, o lugar vazio da pessoa que toma as providências práticas me pareceu acolhedor. E eu aceitei.

E apoiei essa família que me acolheu há tantos anos atrás da forma que melhor pude. Estive ao lado, balancei a cabeça para os funcionários assinalando a horar de fechar e descer o caixão. Providenciei as velas, a comida, abracei as pessoas... Quase não chorei.

E tenho desde então, assistido à sua luta interna para conseguir vencer essa falta. E tenho me sentido sozinha. Não é fácil passar um luto eu sei. Fico olhando para você, nas madrugadas ou durante todos estes dias, escrevendo o seu livro. O livro sobre seu pai, sua mãe, sua família, sua origem.

Mas como faz parte de mim, procurar um porque das coisas, penso que o porquê disso tudo seja o que faço agora e que sempre gostei de fazer: escrever!

Então é esse o primeiro texto, que nasce deste momento de solidão, da nossa solidão a dois, em que nasce um livro de suas mãos e um espaço de escrita das minhas.

É o que consigo dizer hoje. E amanhã é outro dia!!

No trabalho

Como é difícil abraçar uma pessoa que chega eufórica, grávida de gêmeos e dizer:Parabéns!!!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Voltando ao tratamento

A semana que passou foi corrida e cansativa. Muito trabalho e viagem a trabalho. Mas acima de tudo, acho que foi uma semana vazia.... e por ter sido vazia resolvi voltar ao tratamento de fertilização. Não quero uma vida sem filhos.... Sei que nada é certeza de que dê certo mas resolvi retomar. Ontem fui a uma clínica e hoje vou a outra. E tenho ido sozinha. Eu e Deus! Dispensei o marido. Simples assim! Prefiro enfrentar estas primeiras consultas eu-comigo-mesma. Já sei o que vai acontecer, sei todo o processo. Estão sendo minhas primeiras consultas sozinha e estou achando muito bom. Momento meu e só meu. Bjs